tempestade

os pingos que caem diante dos meus olhos me lembram dos dias que eu deixei pra trás 

o som que ecoa nos meus ouvidos me enlouquecem diante de um vazio sem seu falar 

eu sinto o amargo do isolamento como se comesse um fruta ainda verde 

e me saboto lembrando do gosto doce dos seus lábios que hoje não são mais meus 

esqueci como ser um de tanto tempo que fui dois e sinto o ácido da falta dos seus lábios todas as vezes que meu soluços se tornam trovões 

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